sexta-feira, 26 de abril de 2013

As Leis de Deus


As Leis de Deus
Por: Paulo Artur Gonçalves
Objetivo deste artigo

Há uma dificuldade do frequentador não assíduo de um Centro Espirita compreender a Doutrina Espirita e se interessar pela leitura do Livro dos Espíritos e Evangelho Segundo o Espiritismo.
O motivo é a não assiduidade dos frequentadores da casa que não frequentam os cursos da doutrina espirita.
Se feito estudo do Livro dos Espíritos em forma sequencial das questões eles sempre acabam por perder o fio da meada.
Além disso, o Livro dos Espíritos é muito extenso e consome quase um ano, estudando questões por questões em uma reunião por semana.
Esta série de artigos, “Resumo Informativo da Doutrina Espirita”, objetiva a fazer abordagens condensadas do essencial da doutrina espirita constante no Livro dos Espíritos e Evangelho Segundo o Espiritismo.
O objetivo é que cada artigo resuma um assunto por inteiro.
Estes resumos, se utilizados como suporte a palestras, elas terão começo meio e fim em até uma hora.
Estes resumos informativos também visam a dar um panorama geral a pessoas que querem saber um pouco sobre o espiritismo.
A ideia por traz disto é mostrar o assunto na forma top down para despertar o interesse por conhecê-lo na totalidade e, neste caso, deverá ser utilizado o Livro dos Espíritos e/ou o Evangelho Segundo o Espiritismo.
As frases escritas em caracteres itálicos são de autoria de Allan Kardec e foram “pescadas” no Livro dos Espíritos.
INTRODUÇÃO
Uma das primeiras coisas que nos ensinaram era que os 10 mandamentos bíblicos eram a lei de Deus.
Estes 10 mandamentos não são a lei natural e moral de Deus e sim leis de um código civil simplificado que Iahweh, o deus bíblico, ditou a Moises.
Eles contem também alguma coisa das leis morais.
Na Bíblia, Deuteronômio. Cap. 5 v 6 a 21, temos os 10 mandamentos:

No primeiro Iahweh se impõe como sendo ele o único deus do povo de Israel e exige exclusividade em relação aos demais deuses.

I. Eu sou o senhor, vosso deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. - Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano, porque eu, o senhor vosso deus, sou deus zeloso, que puno a iniqüidade dos pais nos filhos, na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e uso de misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.(grifos meus)

No segundo ele exige respeito com o uso de seu nome.
II. Não pronunciarás para um uso vão o nome do senhor, teu deus; porque o senhor não terá por inocente aquele que tiver pronunciado para um uso vão o seu nome.

No terceiro ele estabelece o descanso semanal.
III. Guardarás o dia do sábado e o santificarás, como te ordenou o senhor, teu deus. Trabalharás seis dias ...

No quarto esta ele visa a agregar a família.
IV. Honra teu pai e tua mãe, como te mandou o senhor, para que prolonguem teus dias e prosperes sobre a terra que te deu o senhor teu deus.

Do quinto ao decimo quatro proibições primarias sendo:
 a) Assassinato
            V. Não matarás.
b) Adultério por ato ou pensamento
VI. Não cometerás adultério –
IX. Não desejarás a mulher do teu próximo
c) Roubo por ato ou pensamento
            VII. Não furtarás.
X. Não cobiceis sua casa, nem seu campo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem o seu boi, nem  seu jumento, nem nada do que lhe pertence.
d) Uma regra ética de boa convivência
            VIII. Não levantarás falso testemunho falso contra teu próximo.
OBS:
As regras “b” e “d”  são complementadas em Deuteronômio, 22:22 e em Levítico, capítulo 20, de 7 a 21 onde Iahweh regulamenta a poligamia e estabelece restrições ao relacionamento sexual, visando a combater o adultério (então o maior mal de Israel ) e o homossexualismo.
           
Em outras passagens da bíblia Iahweh, como espirito guerreiro, estabelece regras barbaras de como tratar os povos conquistados e repartir o produto do saque.
Estas regras hoje são crimes contra a humanidade.
Vide: Deuteronômio cap. 20 v 10 a 16 e Êxodo cap. 30 v 11 a 16,

Iahweh era um deus no sentido de ser um espirito guia do povo de israel.

O uso da palavra deus, para designar guia ou intermediário entre Deus e o homem, remonta da mais longínqua antiguidade como por exemplo no Livro dos Mortos do Antigo Egito, antes mesmo do advento da bíblia.
No Livro dos Mortos Anubis, Iris, Maat, Osires, etc., eram deuses e Deus era chamado por nomes próprios como Emen-Rá (a luz oculta), Atum-Rá (o começo e o fim de toda a luz) e Eaau (poder que foi polarizado e expandido criando o universo).
Também o descreviam como “Nenhum dos seus pensamentos podem concebê-Lo, nenhuma linguagem pode defini-Lo: O que é incorpóreo, sem forma, invisível e não pode ser apreendido pelos nossos sentidos; O que é eterno e não pode ser mensurado pelos critérios limitados do tempo. Ele é inefável (algo que não pode ser expresso com palavras)”

Jesus usava a palavra Pai e fez alguma referencia a deuses dizendo, por exemplo, aos apóstolos “vos sois deuses”.
Também no evangelho apócrifo de Tome no Versículo 30 Jesus disse: “Onde há três deuses, eles são deuses. Onde há dois ou um, eu estou com ele”.

Na data de hoje o Budismo se refere aos espíritos no topo da sua escala da evolução (espíritos puros na escala Kardeciana) como sendo deuses.

Assim o deus único de Israel acabou por sendo confundido com a unicidade de Deus e esta confusão persiste até os dias de hoje onde varias religiões dizem que seu deus é único.
Assim, as religiões abraâmicas/cristãs (católicos, ortodoxos, protestantes, evangélicos, etc.) adotam o deus Iahweh como sendo Deus variando somente os dogmas, ritos, e formas de interpretação da bíblia.
O espiritismo conceitua e busca Deus.

AS LEIS DE DEUS

Sobre as leis de Deus no Livro dos Espíritos, Parte Terceira. Capítulos de I a XII - Allan Kardec diz:

A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem; ela lhe indica o que deve ou não fazer, e ele é infeliz somente quando se afasta dela.
A lei natural Eterna e imutável como o próprio Deus.

Deus não pode se enganar; são os homens que são obrigados a mudar suas leis, porque são imperfeitos; mas as leis de Deus são perfeitas. A harmonia que rege o universo material e o universo moral é fundada sobre as leis que Deus estabeleceu para toda a eternidade.
Todas as leis da natureza são leis divinas, uma vez que Deus é a causa de todas as coisas. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda as leis morais e as pratica.

Uma vez que o homem traz escrito na consciência a lei de Deus, há necessidade que lhe seja revelada para que aflore.
Assim, Deus deu a alguns homens a missão de revelar Sua lei.

A lei natural pode ser dividida em onze partes compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade e perfeição moral.

O tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo foi Jesus.

A seguir passamos a resumir estas leis.

Lei da adoração:
É a elevação do pensamento à Deus.
Pela adoração, a alma (espírito encarnado) se aproxima d’Ele.
A verdadeira adoração é a do coração.
Em todas as vossas ações, imaginai sempre que o Senhor está convosco.
Esta lei é equivalente a Amar a Deus sobre todas as coisas.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Objetivo da adoração. - 2. Adoração exterior. - 3. Vida contemplativa.
- 4. A prece. - 5.Panteísmo. - 6. Sacrifícios.
O trabalho é uma lei natural, por isso mesmo é uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque aumenta suas necessidades e prazeres.
Ao trabalhar o homem promove o progresso.
O estudo desta lei está subdivido em:
1. Necessidade do trabalho. - 2. Limite do trabalho. Repouso.
Isso é evidente; sem a reprodução, o mundo corporal acabaria.
Esta lei se aplica ao reino vegetal e animal incluindo ai o homem.
É necessário e permitido ao homem que entenda melhor esta lei atuando nela.
Portanto, criar novas espécies de vegetais, fazer clones de animais, criar fetos humanos em provetas, etc, e é aprendizado segundo o Lei do progresso.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. População do globo. - 2. Sucessão e aperfeiçoamento das raças.
- 3. Obstáculos à reprodução. - 4. Casamento e celibato. - 5. Poligamia.
O instinto de conservação foi dado a todos os seres vivos, seja qual for o grau de inteligência.
Para uns, os animais por exemplo, é puramente mecânico já que o instinto é um tipo de inteligência.
Para outros, os homens, parte dele permanece mecânico como instinto (nossas reações automáticas na presença do perigo) e parte dele podemos submeter a nossa inteligência racional submetendo-o a nossa vontade já que em alguns casos podemos controlar o instinto.
O instinto de conservação, que nos foi útil no reino animal na forma mecânica, tende a desenvolver o egoísmo no homem.
Sendo o egoísmo um dos maiores dos males ele nos atrapalha e deve ser transformado em fraternidade, humildade, amor, etc. para que a raça humana tenha a felicidade neste mundo, como prometeu Jesus.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Instinto de Conservação. - 2. Meios de conservação.
- 3. Gozo dos bens terrenos. - 4. Necessário e supérfluo.
- 5. Privações voluntárias Mortificações.
É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar.
O que chamamos destruição é apenas transformação que tem por objetivo a renovação e o melhoramento dos seres vivos.
Diz a lei de Lavoisier: “Nada se perde nada se cria tudo se transforma”.

O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Destruição necessária e destruição abusiva. - 2. Flagelos destruidores.
- 3. Guerras. - 4.Assassínio. - 5. Crueldade. - 6. Duelo. - 7. Pena de morte.
A vida social é uma obrigação natural.
Deus fez o homem para viver em sociedade.
Deus deu-lhe a palavra e todas as demais faculdades necessárias ao relacionamento.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Necessidade da vida social. - 2. Vida de insulamento. Voto de silêncio. - 3. Laços de família.
O estado natural é o estado primitivo.
A civilização é incompatível com o estado natural, enquanto a lei natural contribui para o progresso da humanidade.
O estado natural é a infância da humanidade, é o ponto de partida de seu desenvolvimento intelectual e moral.
O homem, tendendo à perfeição e tendo em si o germe de seu aperfeiçoamento, não está destinado a viver perpetuamente no estado natural, como não foi destinado a viver perpetuamente na infância.
O estado natural é transitório, o homem liberta-se dele pelo progresso e pela civilização. A lei natural, ao contrário, rege a humanidade inteira e o homem se aperfeiçoa à medida que melhor compreende e pratica essa lei.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Estado de natureza. - 2. Marcha do progresso. - 3. Povos degenerados. - 4. Civilização. - 5. Progresso da legislação humana.
- 6. Influência do Espiritismo no progresso.
Todos os homens são iguais perante a Deus.
Todos tendem ao mesmo objetivo e Deus fez suas leis para todos.
Muitas vezes, dizeis: “O Sol nasce para todos” e dizeis aí uma verdade maior e mais geral do que pensais.
Todos os homens são submissos às mesmas leis da natureza; todos nascem com a mesma fraqueza, sujeitos às mesmas dores, e o corpo do rico se destrói como o do pobre.
Portanto, Deus não deu a nenhum homem superioridade natural nem pelo nascimento, nem pela morte: todos são iguais diante de Deus.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Igualdade natural. - 2. Desigualdade das aptidões. - 3. Desigualdades sociais. - 4. Desigualdade das riquezas. - 5. As provas de riqueza e de miséria. - 6. Igualdade dos direitos do homem e da mulher.
7. Igualdade perante o túmulo.
Não há liberdade absoluta, porque todos necessitam uns dos outros, tanto os pequenos quanto os grandes.
O estudo desta lei está subdivido em:
 - 1. Liberdade natural. - 2. Escravidão. - 3. Liberdade de pensar. - 4. Liberdade de consciência. - 5. Livre-arbítrio. - 6. Fatalidade. - 7. Conhecimento do futuro. - 8. Resumo teórico do móvel das ações do homem.

O sentimento de justiça é tão natural que vos revoltais com o pensamento de uma injustiça.
O progresso moral desenvolve, sem dúvida, esse sentimento, mas não o dá.
Deus o colocou no coração do homem; por isso encontrareis, muitas vezes, nos homens simples e primitivos noções mais exatas de justiça do que naqueles que têm muito conhecimento.

“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça. pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Justiça e direitos naturais. - 2. Direito de propriedade. Roubo.
- 3. Caridade e amor do próximo. - 4. Amor materno e filial.
Todas as virtudes têm seu mérito, porque indicam progresso no caminho do bem.
Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências; mas a sublimidade da virtude é o sacrifício do interesse pessoal pelo bem de seu próximo, sem segundas intenções.
“A mais merecedora das virtudes nasce da mais desinteressada caridade.”
O Espírito prova sua elevação quando todos os atos de sua vida são a prática da lei de Deus e quando compreende por antecipação a vida espiritual.
Esta lei é a mais importante; é por ela que o homem pode avançar mais na vida espiritual, porque resume todas as outras. Foi por este motivo que Jesus a focou com maior força.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. As virtudes e os vícios. - 2. Paixões. - 3. O egoísmo.
- 4. Caracteres do homem de bem. -5. Conhecimento de si mesmo.
Nota importante:
Kardec deixou bem claro, ao explicar esta lei, que ela era a mais importante e ainda disse que foi por este motivo que Jesus a focou com maior força.
Kardec também preferiu tratar desta focagem de Jesus em um livro em separado que é o Evangelho Segundo o Espiritismo.
Por este motivo também não a estou focando aqui por preferir, a exemplo de Kardec, fazer para elas um resumo informativo em separado, tratando, entre outros dos seguintes tópicos:
·      Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos.

·        Reencanação:
Muito embora Kardec não tenha elencado a reencarnação como sendo uma lei natural acho importante relacionar este assunto aqui por ser uma forma da humanidade progredir, no estágio em que estamos, alternando experiências no plano espiritual e físico.
Pela sua importância este assunto será tratado em um resumo informativo em separado, da mesma forma que Kardec preferiu faze-lo.

Os que quiserem um detalhamento  maior devem ler o Livro dos Espíritos. Parte Terceira. Capítulos de I a XII - Allan Kardec.

sábado, 13 de abril de 2013

A Biblia - Uma visão analitica


  1. INTRODUÇÃO:
A Bíblia, apesar de ser um dos livros mais vendido no mundo, não faz parte da literatura de algumas religiões cristãs, como a espirita, por exemplo, como livro sagrado e de fé religiosa.

Antes de apresentar as razões vamos conceituar como será usada a palavra Deus neste artigo.

Deus, com “D” maiúsculo para significar “Inteligência Suprema do Universo, causa primária de todas as coisas” (Kardec) ou “A Lei e o Legislador do Universo” (Einstein), ou simplesmente Ser Supremo como muitos o fazem.

Deus, com “d” minúsculo para significar intermediário entre Deus e o homem podendo este intermediário ser chamado de deus, santo, guia, orixá, mentor ou nomes próprios de divindades atuais e antigas.

Passamos a grafar as referencias a este “intermediário” como “deus”.
No original da bíblia esse deus se apresenta com seu nome próprio Iahweh.
No primeiro mandamento do decálogo de Moisés está:
.”Eu sou o senhor, vosso deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros guias(deuses) estrangeiros. - Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano, porque eu, o senhor vosso deus, sou deus zeloso, que puno a iniquidade dos pais nos filhos, na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e uso de misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.”
O próprio deus de Moisés diz explicitamente que existem outros guias(deuses).
OBS:
Quanto aos 10 mandamentos convém frisar que não são lei de Deus e sim do deus de Moisés.
Esta lei do deus de Moises contem três partes.

A primeira parte são os dois mandamentos iniciais onde no primeiro esse deus cobra respeito e fidelidade a si próprio e no segundo exige respeito ao usar seu nome.

Na segunda parte cria, no terceiro mandamento, um feriado nos sábados.

Na terceira parte, do quarto ao decimo mandamento (Honrar pai e mãe, Não matar, Não cometer adultério, Não roubar, Não prestar falso testemunho. Não desejar a mulher do próximo, Não cobiçar as coisas alheias) está um conjunto de leis sociais fáceis de memorizar muito adequadas a um povo primitivo.
Estas leis são incompletas visto que nada fala sobre orgulho, egoísmo, ganancia etc. que estão contidos na doutrina de Jesus.

As leis de Deus estão escritas, de forma latente, no único livro sagrado que existe que é a consciência do homem
É necessário fazer aflora-las e foi exatamente isto que Jesus objetivou com sua doutrina.
As leis morais são as pregadas por Jesus em sua doutrina conforme está no Evangelho
É necessário estudar estas leis sem nenhum dogma que as tire de evidencia.

2.    COMO O VELHO TESTAMENTO SE INCORPOROU AO CRISTIANISMO.
Não se tem noticia de Jesus fazendo referencia aos livros da lei dos profetas contida nos cinco livros do Torá: Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, e outros como Profetas, Reis, etc.
Estes livros são a base do Velho Testamento.

Tem-se varias passagens no Evangelho dos doutores da lei (sacerdotes) tentando fazer, sem sucesso, Jesus contradizer estas leis.

Também sabemos que Jesus foi preso, flagelado e crucificado por ação destes doutores da lei. Eles temiam perderem seus privilégios de serem os representantes do deus dos hebreus.

A pergunta é como estes livros vieram e permearam o cristianismo sendo que para algumas religiões cristãs eles são mais importantes que os ensinamentos do próprio Jesus?

Os apóstolos e primeiros seguidores de Jesus eram judeus e tinham a lei dos profetas, ritos e dogmas como vindos de deus.
Se Jesus separava bem as coisas, eles não.

A consolidação da incorporação destes livros ao cristianismo se deu por Santo Agostinho incentivado por santo Ambrósio, bispo de Milão no século V.
Isto ocorreu logo após São Gerônimo ter feito uma tradução dos textos judaicos para o latim que passou a se chamar Vulgata.

O argumento utilizado foi:
“Para pregar o novo  Evangelho, é indispensável conhecer a fundo as Escrituras, que só podem ser bem interpretadas através da fé, pois apenas esta sabe ver ali a revelação de verdades divinas”.

3.    INTERPRETANDO ALGUNS TRECHOS DO VELHO TESTAMENTO.
Alguns textos do velho testamento induzem um culto a um deus pessoal que quer ser venerado em troca não castigar e ainda ser “fiel” ao crente ajudando-o com milagres a resolver casos amorosos curar doenças e ainda resolves problemas financeiros.

Dizem os seguidores da Bíblia que estes textos devem ser corretamente interpretados.
Entretanto para alguns trechos destes cinco livros não há interpretação que os conserte.

 Vejamos:
Deuteronômio cap. 20 v 10 a 16:

*        Quando de aproximares para combater uma cidade, oferecer-lhe-ás primeiramente a paz.

*        Se ela concordar e te abrir as portas, toda a população te pagara tributo e te servirá.


*        Se ela te recusar a paz e começar a guerra contra ti, tu a cercarás, e quando o senhor, teu deus, te houver entregado nas mãos, passará a fio de espada todos os varões que nela houver.

*        Só tomarás para ti as mulheres, as crianças, os rebanhos e tudo o que se encontrar na cidade, e comerás os despojos dos teus inimigos que o senhor, teu deus, te tiver dado.

*        Farás assim a todas as cidades muito afastadas, que não são do numero destas nações.

*        Quanto às cidades daqueles povos cuja possessão te há de dar o senhor, teu deus, não deixarás nelas alma viva.
OBS: A única interpretação possível para isto é crime e ainda por cima hediondo.

Êxodo
*        Cobrou impostos em dinheiro (Êxodo cap. 30 v 11 a 16) como condição para que o fiel não sofra flagelo (v. 12);

*        Determinou que todo ouro, prata, objetos de bronze e ferro saqueados na tomada de Jericó passassem a integrar seu “tesouro sagrado” (Josué – Tomada de Jericó, Cap. 6 v 19);

*        Fez aliança, exigindo uma arca de ouro (Êxodo cap. 24 v 10 a 23), é fiel, castiga, premia e exige fidelidade proibindo alianças com outros guias(deuses) (Êxodo – várias passagens);
OBS: Isto não é a base para os representantes dos deuses tornarem seu negócio lucrativo?
Está certo que o velho testamento da Bíblia cita comunicações com espíritos.
Também outros livros ditos sagrados de outras religiões o fazem.
Os espiritas sabendo que esta comunicação existe se atêm em estuda-las para fazer melhor uso delas. Isto é muito mais útil.

Sem nenhum desrespeito, é pura perda de tempo ficar fazendo estes estudos de textos que não fazem parte dos evangelhos.

O espiritismo se propõe a ser uma religião cristã pura baseando-se nos ensinamentos de Jesus como ele os pregou.

4.   A BÍBLIA É O ÚNICO LIVRO “SAGRADO”?

Não é!

A Bíblia só alcança as religiões Abraâmicas tais como o Judaísmo, Islamismo e cristãs modificadas.
Como cristãs modificadas estão os católicos, protestantes tradicionais, ortodoxos, evangélicos, etc. Não inclui o espiritismo.

Elas são modificadas porque a Bíblia acrescentou ao evangelho de Jesus os textos do Velho Testamento e ainda muita coisa como Novo Testamento.

Os textos do Velho Testamento, até então chamados lei dos profetas contem muita coisa que nada tem a ver com o cristianismo e produziram dogmas a ponto de, em algumas delas, se tornarem maiores que o ensinamento do próprio Jesus.

Outros povos tem outros livros, ditos sagrados.
Um exemplo disto é o Hinduísmo com os Vedas.

Como a Bíblia, é dito que os Vedas também foi inspirado por um deus.
Se ambos tivesse sido inspirados por Deus e em sendo Ele único seria natural que ambos contivessem ensinamentos convergentes.

Ao compara-los no que diz respeito a gênese do universo e do homem, temos:

4.1 Gênese do Universo:

4.1.1     Segundo  Velho Testamento da Bíblia.
DIA 1
   Manhã:  Criou terra e o céu vazio e escuro.
   Tarde: Criou a luz. Separou luz de trevas
DIA 2
   Manhã:  Criou um firmamento no meio das águas. Tendo água do céu e águas de baixo
   Tarde: Entre as águas de baixo criou o elemento seco...... Terra.
DIA 3
   Criou árvores e plantas que passaram a produzir
   OBS: Como as árvores puderam produzir sem a fotossíntese visto que as fontes de luz só foram criadas na etapa seguinte?
DIA 4
   Criou lumiares no Céu. Sol para o dia. Lua para a noite. As estrelas para o céu.
DIA 5
   Criou peixes nas águas e aves no céu
DIA 6
   Criou animais domésticos, repteis, animais selvagens
   Criou o homem e mulher a sua imagem.
DIA 7
   Descansou

4.1.2     Segundo os Vedas (1).
O universo é um sonho de Deus (Brahma).
Apos um século de Brahma (314 trilhões de anos) o universo se dissolve num sonho sem sonhos. 
Ai recomeça. Ele recompõe-se num novo sonho. 
É o sonho cósmico de Deus que é um ciclo sem fim  de renascimentos e mortes.

São muitos os deuses Hindus que cooperam (Intermediários que trabalham sob a coordenação de) com Brahma.
Shiva e Vishnu principais auxiliares de Brahma. 
Shiva na criação do Universo e Vishnu na do homem.

Nosso universo é o sonho cósmico de Shiva
Enquanto isso ... em outro lugar ... há um número infinito de outros universos ... cada um com seu próprio deus (outros Shivas?) ... sonhando o sonho cósmico.
OBS:
Na antiguidade a visão de universo era muito restrita.
Assim, entende-se que Shiva é o auxiliar de Deus na formação terra e talvez do sistema solar.
Nesta linha de pensamento é bem admissível que existam outros Shivas cooperando com Deus na formação de outros mundos (universos).

4.1.3     Segundo a ciência.
Criação significa partir de um principio e Lavoisier nos ensina que nada se cria nada se perde tudo se transforma.

Einstein nos ensina que Deus é a Lei e o Legislador do universo.
A ciência fala de um Big Bang, agora atrelado a Teoria da Cordas.

Pela teoria das cordas existem 11 Branas (planos ou dimensões paralelas) que se movimentam e a cada 3 trilhões de anos se tocam em algum ponto.
Neste ponto em que se tocaram se forma um Big Bang em cada um destes Branas que se tocaram.
Assim temos uma sequencia eterna de Bigs Bangs que se formam, expandem, esfriam e se diluem. 


OBS:
O hinduísmo diz que o universo é sonho (forma pensamento?) de Deus e é um ciclo sem fim de nascimentos e mortes.(1)

Tendo sido Sidarta um príncipe nascido em Gautama (região da então Índia) teve acesso a esses ensinamentos.
Sidarta é o nome do primeiro Buda e fundador do budismo.
O Budismo chama isto de gênese continuada.

O espiritismo nos ensina que Deus é a Inteligência Suprema do Universo, Causa Primária de todas as coisas e deixa esses assuntos com a ciência.

4.2 Gênese do homem:

4.2.1 Segundo o Velho Testamento da Bíblia:
            É o conto de Adão e Eva, já de conhecimento de todos.

4.2.2 Segundo os Vedas (1):

            Na gênese do homem o deus Vishnu se apresenta em dez            reencarnações  (melhor trocar a palavra reencarnações por interações) com vários outros nomes, que bambem são chamados de             guias(deuses).

Vejamos:
Estas 10 reencarnações do deus  Vishnu recebem o nome de"Dasa Avatar".
            Em cada uma delas o deus Vishnu é  apresentado com uma forma          e recebe um nome auxiliar ou um apelido,
OBS: No panteão de deuses hindus eles acabam por serem confundidos com deuses diferentes.

As dez etapas são:
1- Primeira:
            A vida se formou na água.
            A representação é de um Peixe com o nome de 'Matsya Avatar”

2- Segunda:
            A vida saiu da água para a terra.
            A representação é de uma tartaruga com o nome de "Kurma          Avatar”

3- Terceira:
            Desenvolveram-se os animais na terra.
            A representação é de um Javali com o nome de "Varaha Avatar”

4- Quarta:
            O homem evoluiu do animal.
            A representação é de um ser metade homem metade animal, com            o nome de “Narasimha Avatar”

5- Quinta:
            O homem desenvolve a inteligência
            A representação é de um Anão com o nome de 'Avatar Vamana "
.
6- Sexta:
            O homem desenvolve as ferramentas (machado) na idade da        pedra.
            A representação é do homem da floresta, com o nome de    "Parasuram.“

7- Sétima:
            O homem desenvolve armas – Arco e Flecha.
            A representação é de um homem com arco e flecha, com o nome             de  “ Ram”.  Representa também as primeiras vilas e          comunidades;

8- Oitava:
            O homem desenvolve a agricultura.
            A representação é de um homem com o arado com o nome de       Balarama. 
OBS:10.000 AC. o homem domina a agricultura (fim da era do gelo), sendo:
Mesopotâmia = trigo
                                    China =Arroz
                        América Central = Milho
9- Nona.
       O homem domestica os animais.
       Representado pelo homem associado com vacas como nome de Krishna. 

OBS:10.000 ac os animais domesticados são:
Oriente médio = boi e ovelha
                        China = porco e galinha
10- Decima:
            Destruição
            A 10ª “interação” do deus Vishnu é Kalki e ainda está para                        chegar. 
            Acredita-se que montado  em um cavalo Devadatha  destruirá  o   mundo. 
            Uma indicação clara de que os seres humanos trarão á um fim à vida na Terra. 
            Após a completa aniquilação, o senhor Vishnu  flutua, com seu    cavalo branco, sobre escombros da civilização - talvez a última         forma de vida restante. 

4.2.3 Segundo a ciência:
Da mesma forma que na cosmologia a ciência, nos dois últimos séculos, avançou consideravelmente no campo da biologia e arqueologia.

Isto transformou a gênese bíblica em lenda, embora muitas religiões ainda insistam nela por estar na Bíblia.

A arqueologia comprovou que o homem esta incluso na evolução das espécies de Darwin a partir do homo sapiens.

A cosmologia mostra que a vida evoluiu de uma forma mono celular que surgiu na agua.

Não vamos fazer aqui um tratado. Vamos apenas citar a cronologia desta evolução, pelo lado da biologia.

Ela é:
1859 – Charles Darwin - A origem das espécies (Evolução pela seleção natural);
1910 – M.T. Morgan - Seleção natural e a teoria cromossômica da             herança;
1918 – Ronald Fischer – Modelo matemático da herança genética;
1937 - Theodosius Dobzhansky – A genética e a origem das espécies;
1942 -  Julian Huxley – Evolução: a síntese moderna;
Anos 60 – Vários autores -  DNA e a genética que permitem  análises rigorosas;
Atual – Vários institutos – Clonagem – criação de novas espécies, etc.


  1. A BIBLIA FOI INSPIRADA POR DEUS?
O mesmo ser não poderia produzir dois conceitos tão diferentes, sendo que o Bíblico está totalmente destoante das descobertas da ciência.

Logo se conclui que nenhum deles foi inspirado por Deus, sendo cada um deles inspirado por guias(deuses) diferentes.

Se o deus da Bíblia inspirou um conto infantil e inverídico o deus dos Vedas inspirou algo que está mais próximo do que a cosmologia esta desvendando, com o Big Bang atrelado a teoria das cordas, e a biologia com a evolução até o homem.
Não há mais espaço para ficarmos nos prendendo a ensinamentos infantis da Bíblia para este caso.
A Bíblia foi inspirada pelo deus dos hebreus (espirito guia deste povo) e não por Deus.

  1. SOBRE O NOVO TESTAMENTO.

O Novo Testamento contem os quatro Evangelhos (Marcos, João, Mateus e Lucas) e ainda uma serie de documentos (atos, epístolas, etc).

O conteúdo do Novo Testamento adicional aos evangelhos  transcende em muito a doutrina de Jesus tal como ele a pregou, introduzindo dogmas doutrinas etc. que absolutamente Jesus não ensinou nem referenciou..

Para entender como estes credos chegaram até os dias de hoje é necessário conhecer uma pouco da vida do Imperador Constantino (272 a 337 DC).
Ele foi o primeiro imperador romano cristão e patrocinador do Concilio de Niceia em 325, o primeiro deles.

Encontramos uma suposta explicação (2) que descreve desavenças de credos em que se envolveram os cristãos a partir da morte de Jesus e faz um resumo parcial de fatos da vida de Constantino.

Sobre a desavença de credos temos:
(2) Nos três primeiros séculos do cristianismo os cristãos estavam supostamente divididos em dois grupos sendo:

- O primeiro grupo, denominado Paulista (seguidores de São Paulo), que não teve contato direto com a pregação de Jesus.
       Este grupo defendia a divindade de Jesus, santíssima trindade, pecado original, redenção dos pecados pela fé em Jesus (morreu na cruz para pagar nossos pecados), etc.

- O segundo grupo, denominado Apostólico (seguidores de São Pedro, Barnabé e outros) que tiveram contato direto com a pregação de Jesus.
       Este grupo Apostólico rejeitava alguns dogmas do grupo Paulista como a divindade de Jesus e a santíssima trindade, por ser fiel ao ensinamento da Unicidade de Deus. Por outro lado, ele introduzia ensinamentos da lei judaica tais como circuncisão, tipos que carnes proibidas etc. que o grupo Paulista não aceitava.
OBS: É muito difícil estabelecer com precisão o conteúdo exato destes textos, pois há quem afirme que houve alteração (3) no primeiro artigo de fé do “Credo” - “Eu creio em Deus Pai Todo-Poderoso ...” onde a palavra “Pai” foi acrescentada entre 180 e 210 D.C. Se houve uma alteração pode ter havido mais.

Sobre a vida de Constantino temos:
(2) Constantino, para assegurar sua própria posição de Imperador, mandou matar o seu filho mais velho Crispus que estava muito prestigiado para sucedê-lo. (OBS: Há outras versões dos motivos pelos quais ele mandou matar o filho).

Colocou a culpa no enteando e também mandou mata-lo. 
Acuado pela rainha e seus seguidores, ele foi pedir ajuda dos padres do tempo romano e ouviu dos sacerdotes de Júpiter, que se recusavam a apoia-lo, que não existia oração ou sacrifício que apagassem estes crimes.

Ficando em situação insustentável em Roma e ele se mudou para Bizâncio rebatizando-a com seu nome ...  Constantinopla.
Lá conheceu o cristianismo (Obs: Provavelmente pelas mãos de sua mãe Helena que era simpatizante do cristianismo) e aprendeu que com arrependimento e penitencias seus pecados seriam perdoados.
Aliviou a sua consciência com a confissão e continuou sua saga como imperador pagão.

Vendo a importância politica de ter os cristãos ao seu lado os apoiava e, da mesma forma, a igreja passou a tirar partido do poder.
Os padres dos cristãos lhes foram muito uteis nas guerras menores em que venceu atuando até como seus espiões.

(4) Disputando o controle do Império Romano com Magêncio, Constantino sonhou que se pintasse duas primeiras letras gregas do nome de Jesus Cristo ("X" e "P" superpostos) nas suas armas venceria.
Fez isto e venceu Magêncio na Batalha da Ponte Mílvio, perto de Roma, tornando-se, no ano 312 DC, imperador do Império Romano.

OBS 1:Na antiguidade a crença de que os guias(deuses) ajudavam nas batalhas era forte.
            Assim, Constantino acreditou que a batalha foi vencida com ajuda do deus dos cristãos, Jesus.

OBS 2: É crença de alguns de que este fato marcou a conversão de Constantino para o cristianismo, entretanto há outras versões (4) e (5) de que Constantino só se tornou cristão no final de sua vida. O batismo oferecia a absolvição a todos os pecados anteriores. Constantino, por força do seu ofício de imperador, pode ter percebido que suas oportunidades de pecar eram grandes e não desejou "desperdiçar" a eficácia absolutória do batismo antes de haver chegado ao fim da vida.

(2) Como apoio aos cristãos e para diminuir o poder dos padres do Templo de Júpiter em Roma, que não o apoiaram, Constantino incentivou os cristãos a criarem uma igreja em Roma.

Ele continuou pagão porem as disputas das duas correntes do cristianismo o incomodava,  já que não se entendiam e hostilizavam entre si.
Desta forma em 325 ele convocou o Concilio Ecumênico de Niceia congregando os dois grupos.

Constantino assumiu a coordenação geral este Concílio embora fosse pagão e nada entendia de assuntos religiosos.
Neste Concilio supostamente se entrou com pouco mais de 270 evangelhos, dos dois grupos, dentre os quais foram escolhidos os 4 (quatro) evangelhos canônicos atuais.

Como critério de escolha a narração é bizarra, porem vamos a ela:
Cocaram todos os textos debaixo de uma mesa e todos os bispos rezaram para que no dia seguinte os escolhidos estivessem em cima da mesa e se retiraram, fechando a sala.
No outro dia estavam em cima da mesa os quatro evangelhos canônicos atuais, por milagre, provavelmente de quem tinha chave da sala (cópia ou original) ou tinha outra forma de entrar.

Os demais viraram cinzas porem algumas copias existiam sendo fragmentos de algumas delas (evangelhos apócrifos) foram achadas nas cavernas das montanhas do Jordão, perto do Mar Morto.... Estão entre os Pergaminhos do Mar Morto.

Todos os bispos presentes assinaram o decidido em Niceia, como respeito ao imperador.

Neste concilio, além da divindade de Jesus, existência da santíssima trindade, pecado original, redenção dos pecados etc, ainda referendou-se que:
- O Sabah cristão passava do sábado para o domingo, dia do deus Sol Invictus.
- O dia 25 de dezembro, data da comemoração do deus Sol Invictus, seria comemorado o Natal, nascimento de Jesus.
OBS: Com isto Constantino, que cunhava a esfinge de deus Sol Invictus em suas moedas (4),  unificou as principais datas comemorativas dos cristãos e dos pagãos. A partir da batalha de Ponte Mílvio passou a cunhar X superposto ao P.

(2) O grupo dos Apostólicos assinou as decisões de Niceia sem concordar e continuou não concordando.
Alguns deles pagaram a heresia da continuidade do culto de suas crenças com a morte, sendo então mártires em continuidade da pratica então existente de martirizar os que não aceitavam as religiões pagãs. 

Nos anos seguintes o Papa se transferiu para Roma onde o grupo Paulista não tinha opositores e estava bem relacionado com poder.
Assim, os dogmas e teologias do grupo Paulista foram os escolhidos e persistem até hoje.

A Igreja Católica foi ganhando força e poder e Lutero e Calvino se rebelaram.
Eles não contestaram os dogmas principais do grupo Paulista e sim secundários como a adoração de imagens de santos e outros, que não deixa de ser uma continuidade da idolatria das religiões primitivas.

  1. CONCLUSÃO.

Albert Einstein dizia:
“ Deus é a lei e o legislador do Universo.  
A religião do futuro será cósmica e transcenderá um deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia”.

Estamos no principio de uma nova era e nela as pessoas tendem a buscar religiões que buscam ser cósmicas, como disse Einstein.
Religião cósmica busca Deus e não um deus pessoal que, se louvado, atende pedidos (amorosos, financeiros, etc.) pune, agracia, etc.
Religião cósmica é isenta de dogmas, teologias, ritos, hierarquia (sacerdotes/pastores bispos, ministros etc.), e não tenta sobrepor suas crenças as descobertas da ciência, nem distorcê-las.

Um exemplo de distorção é dizer que Darwin afirmou que o homem descende do macaco para ridiculariza-lo.
Darwin afirmou que homem e macaco tem um ancestral comum e isto é outra coisa.

O espiritismo é uma das que mais se aproxima disto, com seu conceito de fé raciocinada e seu respeito/aderência as descobertas da ciência.

O velho testamento da Bíblia e os Vedas induzem ao culto de deus pessoal, que na Bíblia é único e nos Vedas são muitos.

A seguir os comentários de Abhilash Rajendran em seu blog:
“Muitas pessoas acham difícil entender o hinduísmo por causa das inúmeras divindades, escrituras e escolas de pensamento. 

A dificuldade é principalmente devido ao conceito popular de deus de que existe um deus sentado em algum lugar nos céus controlando os acontecimentos na Terra.

A maioria dos hindus também acreditam em um “Deus Supremo”, porem um hindu pode escolher um deus pessoal ou guias(deuses) das numerosas divindades do panteão hindu, que são representantes do Ser Supremo – Brahma”

Isto não é muito diferente entre as religiões cristãs modificadas onde os católicos, além do deus pessoal herdado dos hebreus. apresentam um panteão de santos (intermediários).
Já os protestantes tradicionais e evangélicos só apresentam um único deus pessoal, o dos hebreus.

Por outro lado, Friedrich Nietzsche, Filosofo Alemão do Sec. XIX dizia:
Não posso acreditar num Deus que quer ser louvado o tempo todo.

No espiritismo Kardec não incluiu o Velho Testamento da Bíblia e do Novo só incluiu a doutrina de Jesus.
O espiritismo não ensina a divindade de Jesus.
Fica claro a sabedoria dos espíritos e Kardec ao incluir, dos quatro evangelistas, no Evangelho Segundo o Espiritismo só o referente a doutrina de Jesus e nada mais referente ao Novo Testamento.

Os espiritas se dedicam ao estudo da codificação de Kardec e da Bíblia ela só inclui a doutrina de Jesus como ele pregou.
No Evangelho Segundo o Espiritismo os espíritos vão mais além apresentando Sócrates como precursor de Jesus e não os profetas.

O espiritismo inclui e conceitua coisas que passam no crivo da fé raciocinada  como por exemplo as leis naturais de Deus e explicações do funcionamento e relacionamento dos mundos dos vivos e mundo dos mortos e, esta pronto a mudar caso a ciência demonstre a necessidade disto.
Melhor assim. A mente que se esclarece nunca mais será a mesma (Einstein).

Para encerrar estamos repetindo o que já colocamos na introdução:
As leis de Deus estão escritas, de forma latente, no único livro sagrado que existe que é a consciência do homem. 
É necessário fazer aflora-las e foi exatamente isto que Jesus objetivou com sua doutrina.
O espiritismo difere das demais religiões cristãs ao apresentar estas leis sem nenhum dogma que as tire de evidencia.

Referencias:
(1) Blog de Abhilash Rajendran
(2) “Jesus Um Profeta do Islã”, de Muhammad`Atá Ur-Rahim
Tradução da Dra. Ana Maria de Azeredo Lobo Novais.
(3) Articles of the Apostolic Creed. Theodore Zahn, pp 33-37
(4) Wikipedia.
(5) Cf. Paul Veyne, Quand notre monde est devenu chrétien, Paris, Albin Michel, 2007, pgs.111/114